Depois de seis
meses em Natal fui morar nessa casinha linda, em um condomínio chamado Vila
Feliz. Foi, sem dúvida, o lugar mais especial em que já tive a oportunidade de
viver. Sim,viver!
Desde a primeira
vez que fui visitar minha irmã em Natal (ela mora lá desde 2010), ficava
intrigada quando eu passava em frente a esse condomínio de nome tão peculiar. Quando
chegamos de “mala e cuia” em Natal, em agosto de 2013, não conseguimos uma casa
na Vila, então fomos morar em um sobrado de dois quartos, muito lindinho, foi a
nossa primeira casa. Mas, meu sonho era mesmo morar na tal Vila Feliz, era mais
forte do que eu! J
Em janeiro de 2014
conheci o Netuno, meu grande amigo. Ele morava na Vila Feliz e todas as vezes
que eu ia na casa dele, ficava ainda mais apaixonada por aquele cantinho.
Então, pedi a ele que me ajudasse a arrumar uma casa lá, pois não era nada fácil.
Explico: a Vila Feliz é um condomínio pequeno, tem apenas 52 casas, todas são alugadas
e a rotatividade de seus moradores é baixa, por isso o dono de lá organiza uma
fila de espera de pretensos inquilinos interessados nas casas.
A principal
característica da Vila é a sua construção. As casas foram construídas nos
moldes de uma vila jesuíta e, por isso mesmo, mantém uma identidade única em
seu exterior, com pintura externa na cor branca, sendo que os portais e
molduras das janelas são pintadas em apenas quatro cores (azul, amarelo, verde
e vinho). Apenas na parte interna, as casinhas se diferenciam umas das outras,
há imóveis de 1 e 2 quartos, mas nenhum é igual ao outro por dentro. Por conta
dessas características, o condomínio é também um museu aberto à visitação. Nas
ruas internas não há asfalto, nem fiação aparente e exatamente no meio da vila
há uma pequena igreja, isso mesmo: uma igreja! Exatamente como nas vilas
antigas que eram erguidas em torno das capelas e igrejas. Em fevereiro de
2014, nós finalmente nos mudamos para a Vila. E então, tudo começou...
Fomos morar nessa
casinha linda com flores amarelas ao lado da janela da sala. Depois de seis
meses mudamos para outra casa, cuja planta interna era infinitamente melhor,
e por fora era mais linda ainda. A sala, com vista
para a varanda cheia de plantas, era muito aconchegante. Tínhamos também uma cozinha americana espaçosa e muito charmosa! Os quartos tinham janelas voltadas para uma área verde enorme, era incrível acordar e dar de cara com todo aquele verde.
Tinha ainda um jardim lindo que o antigo inquilino, que se tornou um amigo querido,
cultivou com tanto amor! E foi por causa desse jardim maravilhoso que descobri meu amor
pelas plantas.
No próximo “capítulo”
conto mais sobre o outro lado da Vila. Até mais!